24 de fevereiro: A luta para a conquista do voto feminino no Brasil

Se no passado elas precisaram lutar pelo direito de votar, hoje as mulheres já são a maioria do eleitorado brasileiro

24 de fevereiro: A luta para a conquista do voto feminino no Brasil. Mas antes disso, durante muito tempo, diversos grupos foram proibidos de votar no Brasil e um desses grupos eram as mulheres, que só conseguiram esse direito depois de muitas lutas.

O início da luta

Em 1880, o direito ao voto feminino começou a despontar no Brasil, quando a Lei Saraiva foi promulgada e mudanças no sistema eleitoral ocorreram. Aproveitando-se disso, a cientista Isabel de Souza Mattos exigiu na Justiça o direito ao voto e teve causa ganha em 2° instância. Mas ao procurar a Justiça Eleitoral para reafirmar seu direito ao voto, teve seu pedido julgado como improcedente por ser do sexo feminino.

Como se obteve essa conquista

A conquista foi resultado de um processo de lutas que iniciou por volta de 1910, seguindo uma tendência mundial do movimento feminista sufragista. Na época, Leolinda de Figueiredo Daltro, uma professora carioca, fundou o Partido Republicano Feminino, considerado o primeiro partido político feminino do País. Em seguida, em 1920, surgiu a Liga pela Emancipação Intelectual da Mulher (LEIM), e dois anos depois a liga teve seu nome modificado para Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, que foi uma das principais atuantes na luta de maiores direitos para as mulheres na sociedade.

A atuação dos movimentos feministas no Brasil fez a causa avançar e na sequência, o Rio Grande do Norte aprovou a Lei Estadual nº 660, de 25 de outubro de 1927, que garantia o direito de voto às mulheres, tornando- se o primeiro estado brasileiro a permitir o voto feminino. A normativa foi explorada pela Federação Brasileira pelo Progresso Feminino para que o direito se estendesse a todas as mulheres brasileiras.

Com a ascensão de Getúlio Vargas à Presidência e diversas mudanças no sistema eleitoral, o voto feminino acabou sendo incorporado à Constituição de 1934. No entanto, somente 33 anos depois, em 1965, é que se tornou obrigatório.

Infelizmente, documentos históricos do Senado Federal revelam que os homens retardaram ao máximo a inclusão das mulheres na vida política. Atualmente as mulheres são maioria entre os eleitores, representando 53% do eleitorado brasileiro.

Fonte: Equipe 20cinco