De acordo com o relatório “Content Benchmarks Report 2024”, os consumidores gostam de ver pessoas reais nos conteúdos das empresas
De uns tempos para cá, o “dono da internet”, carinhosamente apelidado de Tio Zuck, vem demonstrando, em suas próprias redes pessoais, formas de utilização dos seus produtos.
Mark Zuckerberg passou a fazer mais postagens opinando sobre os produtos da empresa, também criticando concorrentes. Ele já publicou em seus posts os novos óculos Ray-Ban de Inteligência Artificial da Meta, demonstrando alguns dos recursos do produto, como a possibilidade de analisar monumentos históricos ou guiá-lo para ajudar a trançar o cabelo da filha.
Mas os registros de Zuck não param por aí. Há também postagens de sua viagem para a Ásia, jogos com amigos e almoços em família.
De acordo com o relatório “Content Benchmarks Report 2024”, 48% dos consumidores preferem ver nos conteúdos das marcas os funcionários da linha de frente, seguidos do time de marketing e social media e outros clientes (42%), funcionários do escritório corporativo (23%) e líderes executivos (15%).
Ou seja, não há mais desculpas para não ter pessoas reais nos conteúdos da sua marca. É hora de colocar a cara no sol.
E a pergunta que não quer calar é: se até o Zuckerberg se tornou o blogueiro da sua própria marca, porque muitas pessoas ainda têm vergonha de divulgar seus serviços?
Cada vez mais cresce a consciência sobre a necessidade de investimento nas redes sociais. E quanto mais cresce essa consciência, mais estratégica vai ficando essa presença.
Isso porque os usuários já não querem mais saber somente sobre os produtos e serviços que aquela pessoa ou empresa vende. Eles querem saber com que tipo de atividade essas pessoas se envolvem, quais suas crenças e valores, e o que as move.
Para que uma empresa seja seguida nas redes sociais é preciso que ela seja sociável: ou seja, esteja aberta à conexões. Para isso, é preciso ir além e mostrar o que não é tão óbvio e o que às vezes está por trás das câmeras.
Se até o dono das redes já as utiliza desta maneira, trazendo humanização e personalidade de marca, até quando algumas empresas vão insistir em utilizar as redes como panfletos digitais (toma aqui uma promoção, tem sorteio hoje, compre já que vai acabar…)?
É preciso reconhecer que há um novo comportamento dos consumidores, que vai exigir que as empresas se adaptem a esse movimento.
Assim como comprar absolutamente qualquer produto online parecia tão distante e agora é uma realidade que não sai do nosso cotidiano (abrangendo quase todos níveis de escolaridade e idades), a mistura crítica do pessoal com profissional também vai tomando conta da internet.
Uma comunidade engajada de clientes fiéis não se constrói apenas com promoções e sorteios. É preciso conexões mais autênticas e isso se constróis com pessoas reais.
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